terça-feira, 9 de dezembro de 2008

turbilhão

Remexo, por dentro, me encharco, em-barco no cais, solitário, frio e úmido. Parto, re-parto, me rasgo no porto te vendo partir . Mar, a-mar, te amarro em nós de marinheiro, te tenho, e com a força do medo te mantenho refém também de outras formas, nas tuas formas, no cobertor, em cada pedaço de corpo descoberto em você, descoberto por você. Será sublime tudo aquilo que tiver de ser, o que for, o que foi, o que será. Seremos.

6 comentários:

Unknown disse...

Incrível! Incrível!

Amei mesmo esse texto..
E todo esse mar... E todo esse cais...

Quantos azuis!

Anônimo disse...

Com açúcar: Há palavras que quando juntas, parece que nasceram pra que ficassem ali escritas. Algumas nasceram pra que fossem lidas. As suas têm uma calma inquieta de quem não se agüenta no papel, na tela, nos olhos ou na língua; elas penetram na gente e antes que a cabeça pense em ser capaz de registrar, já era!; elas encontram o que há de mais fundo, denso e secreto dentro da gente. Parece que nasceram para decifrar... pra devorar.


Com afeto: Caraca, me come!



P.s.: Amo você e seus cabelo quando ta bagunçado. Tenho dito. ;*

Anônimo disse...

errata: seu cabelo*.

Faço paisagens com o que sinto. disse...

Lindooo, nas ondas do mar em ressaca..um cais de emoção!

Marcelo Atahualpa disse...

Nó é uma coisa que dá segurança... e prende... se apertar muito, sufoca... se sufocar muito, mata... bom mesmo é viver de atar e desatar, apertar e afrouxar, estancar o sangue e deixar correr. E se for pra morrer, que seja sempre de amor. Piegas, niilista, vertiginoso, mas divertido! :* ;)

Anônimo disse...

mareje!

J.