segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

luz dos olhos

Cansada: das paredes e dos amores. Úmida por baixo e seca por cima. Farta porém faminta. Poeira nos móveis e na alma. O pranto e o gozo coexistem. Nó. Toda certeza que dispensa provas, as provas da minha fraqueza, e aquelas de amor que nunca virão. Contudo, todavia, no entanto, não há nada mais belo do que ele dormindo. Sim, eu sou uma estúpida.

4 comentários:

Jefferson Almeida disse...

[comentário excluído]

J.

Faço paisagens com o que sinto. disse...

Porraa...esse foi forte! ainda mais qd se sabe do que se trata.. hehehehe...

Mariana Stolze disse...

Ai que de sonetos fiz um mundo.
Inteiro. Só pra você assistir.
Cair. Depois de raios que fazem o chão tremer.
O chão que eu nem tenho.
Minhas mãos tremem mais que a terra.
Que terremoto trouxeste à minha vida?
Que tufão é esse?
Invisível.
Arrebatador.
Nunca mais sorria pra mim.
Que sinto que posso morrer.



Mas principalmente e acima de todos esses destroços que ficaram.
Olhe para o céu.
O seu.

Que suas estrelas são tão lindas.
Tão lindas.

Ah. Se você pudesse saber que a beleza que vê em alguns vem da própria beleza que tem dentro de si.

LuCais disse...

Escute a Stolze, leia o que ela escreveu de maneira literal.

Também ando úmido por baixo e seco por cima. Por dentro não sei, acho que não tenho lado de dentro, tô sempre me vazando pras pessoas. Como sou um vaso muito pequeno do Senhor Jesus Cristo, vivo transbordando seu santo espírito. (!!!!!! como assim, eu falando de Jesus!)
Eu sou Ofélia. E ela sofreu tanto quanto ele. Só que o cara resolveu botar o nome do bofe como título. Se Shakespeare fosse Bergman as cosias seriam bem diferentes. Assistam Luz de inverno, reparem na atriz Ingrid Thulin. Sou eu, o que eu gosto, o que eu admiro. Vou tentar sempre encontrar a dor da personagem, onde ela se encontra com a minha. É porque sou movido pela dor. E não há dor nenhuma nisso.
Te amo, Tatá e tenho saudades apesar de ter sumido.