quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ela vem como um carnaval

Um coração na vitrine. Exposto, deposto do posto de mestre da minha bateria. Aqui ele não manda mais. Quem ele pensa que é pra ziriguidunzear assim em cima da minha caveira? Nessa poça de sangue e lágrimas ninguém samba mais! E tenho dito!

3 comentários:

Mariana Stolze disse...

Saias que se rasgam em cortinas
Lábios que se apagam pelo chão
Como pontas de cigarros de meninas
Que só sabem acender escuridão

Como pulsos que se molham, de repente
Como velas que derretem apagadas
Só o pó da vida inteira, ainda quente
Pode revelar a dor inacabada

Quando acaba, atropela a ferida
Que ainda agora era proferida
Pelo insulto do pavor do nunca-mais

E ela quis até morrer sem nem jamais
Lhe dizer que não havia outra paz
Qual aquela de morrer na sua vida

Mariana Stolze disse...

Na verdade, o que eu queria dizer, de início... é que essa moça pode desfalecer, pra sempre, no chão de uma avenida qualquer... mas tenho certeza que seu coração continuará batendo como numa tarde de carnaval.

Jefferson Almeida disse...

Agora a moça resolveu ser dona da SUA cabeça e de todo o resto de si.