quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Excesso de pontos.

Bocas salgadas de sal que escorre dos olhos. Costas lanhadas de unhas já roídas, já condoídas, já destruídas pela maresia, pela tempestuosa moça que tudo destrói. Maldição da garganta seca e da dose da tequila que desce tão rápido que só deixa areia por onde passou. Marcas roxas do amor que não foi feito. O cheiro que já não está mais no lençol. As lembranças de tudo que não foi vivido. E os sonhos turvos que tatuam na alma os momentos amargos que suamos. E tudo que somos, que fomos, que rolamos, que ofegamos. E as flores que ela oferece. E o sorriso que ela arranca. E a confusão de palavras com todo o aquilo que isso devia ter sido mas não se tornou.

2 comentários:

Mariana Stolze disse...

Pontue em mim um sorriso. Molhe a caneta na tinta que parece escorrer dos meus olhos, e te escorrerão palavras doces, salgadas como eu. E te invadirão histórias, que nunca pensei que pudesse contar em telepatias (de todas as cores). Pensamento. Quero pensar o seu riso, que outro dia devorei no café-da-manhã. Quero me teletransportar daquela maneira que lemos, que sabemos. Quero estar com você até quando não estou. Assim como você está em mim. Dentro de mim. Sempre.


*sorri pra você*


Quero te lamber inteira só pra descobrir as novidades do seu dia.
Quero novos conceitos em leitura labial.
Mas me roubaram os olhos.
E agora preciso de abraços.
E agora é preciso parar.
Pra deixar que o pensamento gire.
Que o meu mundo gira saudade.

Jefferson Almeida disse...

O que será que sobrou depois dessa rasoável destruidora tempostade de sangue-moça?