sexta-feira, 23 de maio de 2008

“Sem horas e sem dores. Respeitável público pagão. Bem vindo ao Teatro Mágico! Sintaxe a vontade... "


Mágico, essa é a palavra.


Ao cruzar os portões do Circo, me extasio, feito criança, só de olhar em volta e ter, finalmente, a dimensão do que estaria prestes a acontecer, a energia das pessoas lá dentro era a mesma, elas pulsavam no mesmo compasso, aquilo não era um show, era uma reunião de pessoas raras. As mais tímidas, como eu, usavam um nariz de palhaço, as outras, com naturalidade, desfilavam com seus chapéus multicoloridos, de formatos estranhos, com sua maquiagem de palhaço, que podia ser singela, delicada, ou uma pasta d’água, nem sempre bem passada, espalhada pela cara toda, parecia tão natural, “o tudo era uma coisa só” minha noite já estava completa e o show nem tinha começado.
A trupe entra em cena, plena, linda, e começa a desfiar suas canções, que durante os últimos meses não saíram do meu MP3, e num suspiro eu entendo que a Gabriela no ar completa aqueles acordes, com o som seco do desenrolar do tecido e com as exclamações da platéia, e, como criança, me vejo pensando: “quando eu crescer eu quero ser a Gabriela!” . Depois de dar risada de mim percebo que essa é a mágica desse teatro, acender nossos sonhos, nossas convicções e, acima de tudo nossas esperanças, naquele momento eu podia ser criança, naquele momento eu precisava ser criança... Ajeitei meu nariz de palhaço enquanto me escorria uma lágrima...
Apresentada as inéditas canções do segundo ato a curiosidade por preencher meu MP3 com canções inéditas do mestre Anitelli ficou imensa, como imensa era qualquer possibilidade naquele espaço, lá era impossível sentir qualquer coisa que fosse pequena, ou mediana, pessoas raras sentem imensamente o que tem que sentir. Como que para me testar Fernando Anitelli canta Cordel do Fogo Encantado, e mais uma vez eu vi chover no Circo Voador, eu não esperava, o inesperado arrancou gritos desta mocinha já tão rouca, a mocinha não tem voz, e acha que só volta a achá-la em 4 ou 5 dias.
No fim do espetáculo recebo meu pirulito de tutti frutti, exatamente o que saí de casa pra buscar, eles cantam “O anjo mais velho” e dos olhos, cansados de “mentir dia e noite a dor da gente” correm rios, “Mar e Ana” para assinar em baixo a afirmação que finalmente, como todo o resto, entendi. Digo! Afirmo! Com minhas lágrimas como testemunha, “de ontem em diante serei o que sou no instante agora.”.
“Metade de mim, agora é assim. De um lado a poesia, o verbo, a saudade. Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim. E o fim é belo incerto... depende de como você vê. O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só.”
O desafio é não deixar morrer essa chama que o TM acendeu, a energia tão forte e tão rara.


Tamires Nascimento

domingo, 11 de maio de 2008

Qualé calouro???

Não tenho absolutamente nada a dizer... postando pra bater ponto!


Ponto. Paralelo. Lelepípedo. LElé. PIpoca. PEsadelo. DOr. "Segura na mão de Deus e vai" VAI??? Porra nenhuma... Se fosse, se sesse, foi indo e iu!


iu.... iEu... Eu? Ué... indo... naquela, de sempre, ainda tentando me convencer que da tempo de mudar pra engenharia...

domingo, 4 de maio de 2008

A menina do coração de ouro? Ela ta aqui, de vez em qdo ela grita... mas eu n posso deixar ela tomar conta, ela não é capaz, é apenas uma menina.
A vida endurece a gente rapaz, é a realidade, a menina, tadinha, não aprendeu, ela é uma idiota com uma vocação ridícula para o perdão, vocação que ia fazer com q o mundo continuasse pisando nela, escalando, usando de escada... a menina, muda, chorava gemendo baixinho, ninguém nunca ouviu a menina, a menina escolheu a melhor mascara, aprendeu a se pintar, guardou o coração de ouro, se fantasiou de mulher e encarou o mundo de frente, ela tremia por dentro, a menina tem mto medo, mas a escolha foi dela e ela não pode decepcionar um monte de gente em volta que acredita que a menina possa mto mais do que ela realmente pode... A menina hj ta inquieta e a mulher que a guarda acha que perdeu a guerra, a menina grita, mas ninguém a escuta, como sempre...