quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Eu quero.

Eu quero canções que falem de paixão e de gim. Eu quero um amor no qual eu me encaixe, que me olhe e veja uma mulher bem melhor do que sou. Eu quero noite e noites em esquinas, quero beber a madrugada, só dormir no alvorecer. Eu quero ser do mundo e também de um homem só. Eu quero poder querer, desmedidamente. Eu quero realizar também. Eu quero unhas negras. Eu quero cantar, e quero gritar também, mas não deixo de querer silencio. Eu quero... viver...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Era uma vez uma estrada, iluminada apenas por faróis tímidos. Pouco se via do que vinha a frente, mas a fé era enorme. A estrada, para desespero da menina que a percorria, foi se tornando cada vez mais sombria. Havia arvores com galhos que pareciam ameaçá-la, havia gatos pretos cruzando o caminho e um monte, mas um monte mesmo, de placas apontando as direções erradas.
A menina sabe que já caminhou um bocado, ela sabe disso porque suas pernas doem, porque ela se sente cansada, porém não há nada na estrada que indique quanto ainda falta caminhar. Ela pensa em voltar, esse caminho ao menos já é conhecido, mas a mesma falta de coragem que lhe impede de seguir em frente lhe impede também de dar meia volta. E a menina está parada, enguiçada, empacada na estrada. Ela sente medo e frio. Ela não sabe mais nem porque estava caminhando. Ela perdeu a fé.